A origem dos HOFFBAUERS HUNGRIAS, (uma só família), teve lugar há séculos,
na Alemanha e na China (descendência HÚNGARA-MONGÓLICA-CHINESA).
No primeiro pais, no Estado da Bavária, cortado pelo Danubio,
tendo como capital Munique, existe uma cidadezinha de nome Tasswitz,
berço do nosso clã , de origem européia.
Desde muitos séculos aquele Estado foi reino da antiga Confederação Germânica,
até 1918, quando se tornou uma Republica Parlamentarista. Em face da rebeldia e
coragem dos bisávaros revolucionários nas idéias e na pratica pelas armas,
somente em 1933, quando o ditador Hitler assumiu o poder, união nacionalista,
pela ameaça de força poderosíssima.
A religião Católica Apostólica Romana sempre predominou na Baviera, mas nada
conseguia estancar a bravura de seu povo, demonstrada em inúmeras revoluções
internas e guerras com países vizinhos, de antanho.
Em razão das pesquisas que fizemos, para se dissertar sobre a procedência e arvore
genealógica de nossos antepassados e atuais parentes, a rigor, seria necessário
escrever um tratado com alguns grossos volumes, e demoraria mais de um ano para
completa-los. Por isso tentamos ser o mais sucinto possível. Nessas condições,
estamos certos que seremos perdoados pelas involuntárias omissões de fatos e
nomes.
Nossos ancestrais eram nobres rurais, mas sem fortunas. Gente destemida e
revigorada nas durezas da vida campestre, não se atemorizava face conflitos ou
batalhas. Perseguidos por inimigos bem mais numerosos, se refugiaram e se
radicaram no vizinho Império Austro-Hungaro, em
meados do século dezoito.
Um dos HOFBAUER, FRANCISCO CARLOS, nasceu em Raab,
capital do condado do mesmo nome, na Hungria Ocidental. Era ele
primo irmão de CLEMENTE MARIA HOFBAUER, (sobre quem nos ocuparemos mais
adiante) e teve dois filhos: JOAO CARLOS e FRANCISCO PAULO. Esses, não obstante
hungaros de segunda geração
mas rebeldes natos, excursionaram a terra de seus avós, Baviera, com o firme
propósito de se envolverem na política, nas revoluções e nas guerras, (o que também
fizeram na Hungria). Lá eles ficaram por breve tempo eis que, as perseguições
contra eles foram mais tenazes que as do passado. De tal ordem o acossamento,
que numerosos inimigos foram no seu encalço até a Hungria, forçando a emigrarem
para o Brasil, em 1826, também por problemas políticos em sua terra natal.
Aqui os irmãos JOAO CARLOS e FRANCISCO PAULO, adotaram o apelido de HUNGRIA,
(sua nação de origem), que logo se tornou sobrenome.
Tão talentosos eram esses nossos antepassados, (um com 23 outro com 24 anos),
que em pouco tempo aprenderam o português, apesar de seu idioma ser
completamente diferente do nosso.
No Brasil, aportaram em Santos : JOAO CARLOS foi Bananal, depois para Sorocaba,
mais em seguida radicou-se e Itapetininga, São Paulo, onde se casou com ANTONIA
SOARES DE QUEIROZ, em 17 de fevereiro de 1833. Desse cons�rcio nasceu JOSE
SOARES (JUCA) que se casou com MARIA ISABEL ROLIM. Desse matrimonio, vieram á luz do mundo, catorze filhos, dos quais dez sobreviveram:
JOSE, JARBAS, LUIZA, GUMERCINDO, ANTONIO, JOAO, ANA, MARIA AMALIA, JULIO E
BENEDITO (SINHÁ), e outros quatro que faleceram recém nascidos (MARIA DA CONCEICAO,
GUMERCINDO 1, APARÍCIO e TOMAZ) .
Que nos seja permitido, com a devida v�nia, um pequeno reparo, isto é no
apelido do pai de prole tão numerosa devia ser acrescentado STALLONE!
JOAO casou-se com ISABEL, e tiveram nove filhos: LUCIA, AMELIA, ALCINDO, PAULO,
LUIZA, ACACIO, JOSE SOBRINHO, MARIA (MARIQUITA), E YOLANDA.
ANA casou-se com JOAO SATIRO, e tiveram dois filhos: FRANCISCO e ELVIRA
BENEDITO contraíram núpcias com MARIA AUGUSTA, e tiveram onze filhos: LUIZ,
NIVALDO, CÍLIA, OLGA, OSWALDO, OSCAR, ARNALDO, JOSE, FLAVIO, OFELIA e MARIA DO
CARMO.
MARIA AMALIA casou-se com JOAO MENDES, e tiveram sete filhos: JOSE, IRENE,
MARIA ANTONIETA, MARIA BENEDITA, MARIA JOSE e MARIA ESTELA.
JOSE SOARES HUNGRIA casou-se com TEREZINHA e tiveram os seguintes filhos:
MARINA, JOSE FILHO, ANTONIO CARLOS, MARIA CECILIA, LUIZ NICOLAU E CLEMENTE PIO
JARBAS casou com LAVIGNIA, advindo os filhos: LUIZ, ALUIZIO, EDITH e JOSE
CARLOS.
GUMERCINDO contraiu matrimonio com MARIA DULCE, e tiveram seis filhos: MARIA
HELENA, PAULO RUBENS, MARIA AUXILIADORA, GUMERCINDO, JOSE CASSI e ROBERTO.
Com raros desvios da regra geral, trata-se de uma tribo de STALLONES.
O outro irmão emigrante, FRANCICO PAULO, preferiu fixar residência em Minas
Gerias, na Vila Paraibana, atualmente Juiz de Fora, onde se casou com
GUILHERMINA CELESTINA DA NATIVIDADE. Em 1830, comprou a Fazenda da Graminha,
hoje o bairro da Grama naquela cidade mineira.
FRANCISCO e GUILHERNINA tiveram dois filhos: EDUARDO, que se casou com MARIA
LEOPODINA, e CARLOS, que contraiu núpcias com ELISA BICALHO, e tiveram quatro
filhos: HONORIO, MARIA ELOISA, LUCAS e CARLOS; nove netos: HONÓRIO, JOSE LUIZ,
RITA, AUGUSTINE, MADELEINE, GONÇALO, CARLOS, GIOVANI, e ALISIO; seis bisnetos:
MARIA ELISA, HONÓRIA, AMELIA, EDGAR, ALBERTO e GILDA; onze trinetos: JOSE
CLAUDIO; MARIA TERZA, LÚCIA MARIA APARECIDA, MARIA ELISA, HERCÍLIA, HONÓRIO, CARLOS
ANTONIO, AUGUSTO e MARIA EUGENIA.
Nós do ramo mineiro também tivemos o nosso STALLONE, (apesar do mineiro ser
madrugador, a iniciativa foi INVENTADA pelos paulistas). Tio DUDU com sua
mulher MARIA LEOPODINA, tiveram catorze filhos: OLIMPIA, SOFIA, ALBERTO,
FRANCISCO, MARIA, EDUARDO, GUILHERMINA, EUGENIA, CARLOS, ALICE, OLGA, RAUL,
GASTAO e ROMEU; trinta e um netos: IRENE, NELSON, OLGA, NAZARETH, GILBERTA
HENRIQUE, NOEMIA, CONCEICAO, MARIA, JULIETA, LUCY, ANTONIETA, ARGEMIRO (foi
presidente da PANAIR DO BRASIL), ALBERTO, BEATRIZ, JOSE, YOLANDA, MARSILIA,
ADELMO, DANIEL, CLOVIS, YARA, MARIETA, MARCELO, LAURO, ANGELA, GENI, ANTONIO
CARLOS, YONO, LIETE, VERA, ILKA; catorze bisnetos: HELIO, CELIA, DELCIO,
CLEMENTE, LUIZ, JULIO, RENATO, ZILDA, RAUL, NANCY, REGINA, SERGIO, ARTHUR,
ARACI e JURANDIR; sete trinetos cariocas: CARLOS LUIZ, NELSON NETO, ELI, DIVA,
GILBRTA, PATRICIA e DANIELA; uma tetraneta carioca:
CLAUDIA.
Corre em nossas veias o sangue chinês, além de vários outros: alemão, austríaco,
hungaro, croata, mongol, cigano da Transilvânia,
lusitano, italiano, brasileiro, e outras raças.
Já disseram que a raça mongólica (amarela) tem como origem duvidosa, mas me
parece que provem da China, em consequência da proximidade desse país mais
populoso do mundo com a Mongólia. Também por causa da semelhança física desses
dois povos. Porém, pode-se admitir o contrário, (no frigir dos ovos da tudo no
mesmo), porque foi o tártaro GENGIS-KHAN quem fundou os grandes impérios da
China e Mongólia, h� mil�nios. Depois foi aquele devastador guerreiro,
derrubado pela dinastia Ming (China), em 1362. Ainda mais, pode-se destacar a
evidencia de que outras nações ou tribos lim trofes ou circunvizinhas da Mongólia, foram por ela
conquistadas e dominadas, ocorrendo a mesclagem entre
eles: os tungues da Sibéria, a Manchúria, parte da Rússia, os croatas, a Silesia, parte da Alemanha, parte da Polônia, a Hungria
(1241) e outros países. Antes e depois da decadência da Mongólia, seu povo teve
marcante influencia nessa imensa região que durou séculos, notadamente em face
da miscigenação, deixando marca fisionômica oriental nas pessoas,
principalmente na Hungria, cujo povo tem o semblante bem diferente dos da
Europa Ocidental.
O nosso Santo é nosso tio tetra-avô.
Nasceu em 26 de dezembro de 1751, na Vila tasswitz,
na região da Moravia, na Baviera (berço do HOFBAUER na Alemanha). Morreu em 15
de março de 1821. Pertenceu a Congregação redentorista, ordenando-se padre em
1785. Posteriormente, foi autorizado, por seus superiores, a fundar vários
mosteiros no norte da Europa. Em 1788 fixou residência em Varsóvia, por vinte
anos. Em 1808 por ordem de NAPOLEAO os Redentoristas da capital da Polônia,
foram exilados. O padre HOFBAUER passou o restante de sua vida em Viena, onde
exerceu forte influência no meio intelectual e contribuiu bastante para
despertar a religião Católica Apostólica Romana. Como professor da Universidade
de Viena, era o mais popular no meio estudantil. Foi beatificado e depois
canonizado em 1909, pelo Papa Pio X.
Foram escritos quinze biografias, com varais edições, de SÃO CLEMENTE HOFBAUER,nos idiomas alemão, inglês,
holandês, português, magiar, eslovaco, italiano e outros, demonstrando-se assim
o grande relevo do nosso Santo na Igreja Católica Apostólica Romana.
Meu pai NELSON HUNGRIA, que bem conhecia o idioma germânico, dizia que era
um crasso erro a dupla de efes em nosso sobrenome de origem. Nunca saberemos
quem cometeu esse equívoco, talvez algum tabelião brasileiro ao registrá-lo
numa certidão de nascimento, ou mesmo um funcionário de Imigração ao consignar
a entrada no Brasil de nossos ancestrais.
Certo é que os dicionários que consultamos e o tradutor de alemão que
inquirimos, garantem, também, que o questionado termo se escreve com um efe
apenas.
A tradução de HOF é pátio, quintal, e BAUER quer dizer camponês.
Também não encontramos nos dicionários, as duas palavras juntas, isto é
HOFBAUER, (apesar de ser comum no alemão e junção de palavras). Porém, nos
informou o tradutor que ele significa pequeno fazendeiro, o que nos parece lógico:
quintal+campesino.
Para encerrarmos a controvérsia, é obvio que o engano se originou no Brasil.
Como quer que seja, nas certidões do ramo mineiro e carioca que o sobrenome está
com dois efes.
Texto fornecido por Ludmila Hungria